ÚLTIMOS DIAS DE MONET À BEIRA D’ÁGUA

Entusiasta de pinturas ao ar livre, Claude Monet (1840-1926) uniu cores e expressões,  amou todas elas e manteve uma relação de proximidade com a paisagem marítima: cresceu à beira-mar e admirou a imensidão azul. Em Le Havre, cidade para onde se mudou aos cinco anos de idade, viu navios de todas as partes do mundo atracar para abastecer de suprimentos e seguir viagem. Essa relação o fez criar obras deslumbrantes. Grande parte delas aportou na cidade do Rio de Janeiro, em um espetáculo original e inédito de projeções que traduz o legado do ícone do impressionismo, numa parceria com o Museu de Arte do Rio que termina no próximo domingo.

“Monet À Beira D’Água” é um misto de luz, arte, cor, música e formas, projetadas no chão e nas paredes, dando ao visitante a sensação de estar dentro das obras do pintor. Em uma estrutura de mais de dois mil metros quadrados, é possível vivenciar 285 obras licenciadas do pintor e projetadas em painéis com sete metros de altura. Essa é considerada a maior exposição multimídia de Monet do mundo em duração. As pinturas são apresentadas em sequências de animações digitais 2D e 3D, formando oito narrativas audiovisuais, cada qual enfatizando um aspecto da obra do mestre impressionista, numa roupagem nova e contemporânea, cujo objetivo principal é um convite à viagem, à exploração de territórios, à caminhada e ao passeio.

“O espetáculo apresenta uma viagem imaginária de Monet seguindo um roteiro à beira d ́água em busca de paisagens que mudam com a atmosfera, pintadas por ele nas margens de rios, mares e lagos. Tudo isso apoiado numa curadoria que oferece ao público a proposta de conhecer sua obra a partir da água”, explica o diretor executivo da exposição, Leo Rea Lé, um dos membros da startup brasileira MIRA (Museum of Immersive Roaming Arts – Museu Itinerante de Artes Imersivas), desenvolvedora do espetáculo. “A água é o tema central da exposição”, como explica o curador Naum Simão. “A partir desse tema orientamos a escolha das obras e sua organização em oito subgrupos temáticos, que chamamos de narrativas: Uma Viagem de trem; Campos e Moinhos; O Mar e a Luz; Passeio pelo Lago; Arquitetura do Tempo; Horizonte Nevado; Paisagens “en vert” e Flores de Tinta. Foram 28 meses de produção, envolvendo ao todo a dedicação de mais de 60 profissionais”, explica. Dentre as principais obras de Monet presentes na exposição, estão as séries da Estação Saint-Lazare (1877), da Catedral de Rouen (1893), do Lago das Ninfeias (1895-1926), do Palácio de Westminster (1904) e do Grand Canal de Veneza (1908).

 Neste museu imersivo, ilustração e animação se misturam a projetores, computação gráfica, programação RV, design de som e softwares variados a fim de conceber um produto inovador. A exposição utiliza tecnologia de ponta para criar uma experiência multissensorial em 360 graus. “Levaremos as pessoas para uma jornada através das margens do Rio Sena, do Jardim de Giverny e da Costa da Normandia. Sem esquecer suas viagens para Londres, Veneza , Amsterdam e Noruega. Para isso, utilizaremos projetores de 12 mil lumens, sistema de som tridimensional em alta definição, trilha sonora original, animações, efeitos visuais, sonoros e especiais”, detalha o diretor artístico, Renato Sass. Monet à Beira D’Água no Rio de Janeiro é apresentado pela B3 com realização da Rua 34 Produções e Ministério do Turismo por meio da Secretaria Especial da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura, conta ainda com o apoio da Nova Transportadora do Sudeste – NTS, Bayer, Renner, BNP Paribas, Repom, Embaixada da França no Brasil e a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) em uma parceria com o Museu de Arte do Rio.

Ingressos:

https://site.ingressorapido.com.br/expo-monet/