O Festival do Rio anunciou ontem à noite os premiados da edição 2022, em cerimônia no tradicional Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro. A atriz e cantora Samantha Schmütz e o ator Ícaro Silva apresentaram a festa que foi por diversas vezes interrompida pelo aplausos da plateia desde a sua abertura, quando a dupla cantou à capela uma seleção de canções brasileiras de trilhas de filmes exibidos no festival, terminando com a icônica “Andança”, eternizada por Beth Carvalho.
Este ano a competição ficou ainda maior com a criação de duas novas categorias: Direção de Arte na competição oficial e Melhor Direção na mostra Novos Rumos. Ampliando ainda mais o espaço em reconhecimento à diversidade de temas, estilos e pessoas que formam o cinema brasileiro.
A diretora de programação do Festival do Rio, Ilda Santiago, comemorou a presença de tantos realizadores, falou da importância da reconexão do público com o cinema, e completou: “que o Festival continue sendo um lugar da inclusão, do acolhimento e onde todos são vistos na tela e respeitados pelo que são”. A diretora Walkiria Barbosa completou falando sobre a riqueza dos debates no Rio Market e o sucesso das rodadas de negócios.
A cerimônia foi aberta com a entrega do Troféu Redentor para os vencedores da Mostra Novos Rumos. Como parte do Prêmio Felix, o ator Paulo Gustavo foi homenageado com o Prêmio Suzy Capó, que será entregue à sua mãe, Dona Déa, pela apresentadora Samantha Schmütz. “Paloma”, de Marcelo Gomes, foi premiado como Melhor Filme pelo Prêmio Felix e pelo júri oficial da Première Brasil. Por fim, um dos momentos emocionantes da noite: o ator Timothy Wilson comemorou no palco seu Troféu Redentor de Melhor Ator Coadjuvante com uma frase entusiastamente aplaudida: “Agradeço à diretora e ao Festival. Esse prêmio é para provar que autista também sabe atuar”.
Os discursos foram marcados por emoção e falas políticas, não só dos premiados mas também do jurados. A palavra resistência foi repetida várias vezes ao longo da noite, ao lado de termos como diversidade, corpos, representatividade, vozes, gênero, ancestralidade.
CONFIRA A RELAÇÃO DE PREMIADOS
Première Brasil
O júri da Première Brasil é composto por Antônio Pitanga (presidente), Clélia Bessa, Andréia Horta, João Jardim, Bernard Payen e Eleonora Granata-Jenkinson.
Melhor longa de ficção: Paloma, de Marcelo Gomes (Carnaval Filmes)
Melhor longa documentário: Exu e o Universo, de Thiago Zanato (Em Caliente Films)
Menção honrosa do júri: 7 Cortes de Cabelo no Congo, de Luciana Bezerra, Gustavo Melo e Pedro Rossi
Prêmio Especial do Júri: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (Cinco da Norte)
Melhor direção de ficção: Julia Murat, por Regra 34