Fumaça branca, e perfumada, nos céus de Icaraí, em Niterói. O número 176 da rua Gavião Peixoto, que abrigou durante quase 40 anos o buliçoso Steak House, foi ocupado pelo Costelão, um dos restaurantes mais tradicionais do também tradicionalíssimo Cadeg, o mercado municipal do Rio, com sede em Benfica. A casa já foi eleita pelo jornal O Globo como melhor churrascaria da Zona Norte e é Top 15 entre os restaurantes de carne no ranking carioca do TripAdvisor.
Na verdade, o Costelão de Niterói, vai funcionar como uma espécie de embaixada do Cadeg na cidade. Além de manter todo o cardápio do restaurante que funciona há 17 anos, no Rio, o local vai vender os produtos que são sucesso no mercado carioca. Assim, será possível encontrar, por exemplo, de flores a vinhos, passando por azeites, frios e pães.
Dono do estabelecimento, Armed Nemer conta que foi a convite de um empresário amigo, morador de Niterói, que foi conhecer o local: “Nunca quis expandir a churrascaria para outro lugar. Porém, me apaixonei com a história desse local, então, resolvi investir no ponto”, diz.
A rua Gavião Peixoto 176 foi por quase 40 anos um reduto da boemia de Niterói. Tudo graças ao Steak House: uma churrascaria simples, sem decoração, luxo ou qualquer tipo de afetação, que funcionava durante a madrugada. Por muito tempo, ali foi a única opção para os notívagos famintos, da cidade. O restaurante fechou as portas em 2017 por conta de dívidas dos antigos proprietários. Os garçons, alguns com também quase 40 anos de casa, tentaram assumir o estabelecimento, mas a empreitada não durou por muito tempo.
A expectativa é que sejam consumidas três toneladas de carnes, por mês, no seu novo estabelecimento. Porém, nem só de carne vermelha vai viver a brasa do Costelão. Por lá, bacalhau, truta e salmão também vão para a churrasqueira. O carioca Nemer conta que tem inúmeros clientes niteroienses, no Rio. E como time que está ganhando não se mexe, o cardápio da casa do outro lado da baía de Guanabara terá absolutamente todos os 60 itens do estabelecimento tradicional, a começar pela coxinha de costela, hit da casa, depois das carnes na brasa.