TRÊS PERGUNTAS PARA O PREFEITO FABIANO HORTA

"Nossa principal característica é o trabalho integrado"

Jan Theophilo

O prefeito de Maricá Fabiano Horta fala um pouco sobre a sua administração.

Como o senhor resumiria a política e a visão que fizeram com que Maricá seja apontada hoje pela mídia internacional como uma futura micro-Noruega?

Temos muito orgulho do trabalho que fizemos nos últimos anos. Através de políticas públicas voltadas para o combate à desigualdade e o desenvolvimento da nossa cidade e das pessoas, implantamos programas relevantes que mudaram a vida da população, como o Renda Básica de Cidadania (RBC), a moeda social Mumbuca, a tarifa zero dos ônibus vermelhinhos e as hortas urbanas. Investimos pesado na educação, na saúde, na segurança, na proteção ao trabalhador. Mas precisamos também refletir. O que projetamos para as futuras gerações? Quais os próximos passos? Devemos seguir fortalecendo o trabalho que garanta o desenvolvimento sustentável de Maricá, sempre prezando pela dignidade e pelo valor de cada pessoa. E o nosso horizonte aponta para um objetivo que vai além de projetos e programas: queremos garantir o direito à felicidade. Por isso escolhemos, para marcar o aniversário de 210 anos da cidade, em maio, um slogan que muitos podem definir como utópico: “Maricá: um lugar para ser feliz”. Sabemos que a felicidade é um conceito subjetivo, que varia de cultura para cultura e de acordo com a individualidade das pessoas. Mas temos convicção de que com a transformação que realizamos em Maricá nos últimos anos, garantindo direitos e trazendo mais qualidade de vida para os maricaenses, estamos construindo uma cidade melhor e mais feliz.

Em sua opinião, qual o principal programa implementado hoje na cidade?

Nossa principal característica é o trabalho integrado. As políticas públicas são intersetoriais, com o objetivo de alcançar resultados em diversas áreas e atender à população de Maricá como um todo. Programas como a moeda social, que garante a economia circular de Maricá, gerando emprego e renda, até o Mumbuca Futuro, de combate à evasão escolar, o Passaporte Universitário, que financia o ensino superior para o maricaense, permitindo que o filho do trabalhador seja doutor ou o que quiser; o revolucionário Programa de Proteção ao Trabalhador que garante direitos a quem trabalhava na informalidade, e promovendo também a capacitação para o empreendedorismo, são conectados e servem de inspiração para programas do Governo Federal. Outro bom exemplo é a política de segurança alimentar. Das Praças Comestíveis às Feiras Agroecológicas, passando pelo investimento na Fábrica de Desidratados, contemplamos todas as etapas do processo. Damos condições para o pequeno agricultor produzir alimentos saudáveis e garantimos que esses alimentos cheguem à mesa das famílias, às escolas, aos hospitais e às instituições de assistência social, garantindo a segurança alimentar. Portanto, prefiro destacar as políticas integradas em vez de apontar um único programa. É um conjunto de ações e intervenções, todos desenvolvidos em sinergia com todas as áreas, que garante esse resultado positivo.

Na sua opinião, o que faltou fazer em seu governo?

Temos obsessão pela excelência do serviço público e por mudar a vida daqueles que mais precisam. Cidade é um organismo vivo, por isso temos consciência de que sempre haverá muito a fazer. Maricá se desenvolveu de forma exponencial num curto espaço de tempo. Em 12 anos, a população cresceu 54%. Entre 2014 e 2024, a quantidade de alunos matriculados na rede municipal aumentou em 77%. Entregamos nesse período mais de 30 escolas e creches. A evasão escolar em Maricá tende a zero, e estamos investindo, por meio do Passaporte Universitário, na instalação de campi universitários na cidade. Mas temos que ir além. Investir em estratégias que não apenas criem empregos, mas fomentem carreiras na economia local. Assegurar que nossos jovens se formem e construam a vida profissional na cidade. Apoiar o crescimento de setores com alta demanda, como turismo e tecnologia. Seguir investindo em educação e capacitação dos jovens, além de abrir as portas do empreendedorismo por meio do Passaporte Técnico. Queremos fazer de Maricá um verdadeiro polo de ciência, tecnologia e informação nos próximos anos, sempre apontando para um futuro sustentável, e estamos investindo nisso.

Importante ressaltar que o Fundo Soberano, construído com os royalties de petróleo, deve continuar garantindo o bem-estar dos maricaenses. O valor de recursos dos royalties direcionados ao setor de Saúde, apenas no primeiro quadrimestre de 2024, foi superior a R$ 232 milhões. Hoje empenhamos 40% do orçamento municipal em Saúde, número bem superior aos 15% obrigatórios por lei. Com o foco na excelência e humanismo na administração pública, vamos alcançar cada vez mais o desenvolvimento e justiça social.