NOVIDADES APONTAM TENDÊNCIAS GASTRONÔMICAS EM IPANEMA

Crudo do dia, no Koral: especialidade

O restaurante Koral abriu as portas no fim de janeiro, em Ipanema, reforçando algumas tendências gastronômicas que já verificávamos nos últimos anos: a brasa e os “crudos” estão em alta, além dos cardápios que misturam influências de várias partes do mundo. Para quem não sabe, o nome vem do italiano, ou seja, pescados, carnes e até vegetais servidos sem qualquer tipo de cozimento, como tartares, carpaccios e saladas, ou ligeiramente curados pela acidez do limão, como é o caso do ceviche e outros frutos do mar.

O menu da casa do chef Pedro Coronha, que levou o chileno Mathias Cifuentes para pilotar a cozinha, passeia pelo continente americano, além de Ásia e Europa. Um dos destaques do menu, no setor das entradas, é o crudo de peixe do dia, selado rapidamente no carvão em brasa, o que lhe entrega um toque defumado – técnica que o chef Eric Ueda utiliza muito em sua Casa Ueda, em Botafogo.

Falando em crudos, outra novidade recente, o novo Alvaro´s, que reabriu as portas, remodelado, no finalzinho de 2023, tem um setor inteiro do menu dedicado a eles: na lista, temos punheta de bacalhau, ceviche, tartare, carpaccio, vinagrete de polvo e caesar salad  (tecnicamente, os dois últimos não são exemplos de “crudo”).

Vieiras, Ponzu e Nabo: só degustação

THOMAS TROISGROS E O AUTORAL OSEILLE 

Falando em novidades e tendências gastronômicas, e Ipanema, o Oseille, do chef Thomas Troisgros, abriu as portas no fim de fevereiro, ocupando o segundo andar do casarão da Rua Joana Angélica. No primeiro, funciona o Toto, sucesso desde a inauguração, no final do ano passado, com seu menu variado, onde se destacam entradas como a já famosa porção de coração de galinha com molho de ostras; o guioza de costela e as asinhas de frango com molho gastrique de laranja. No Toto, tem ceviche com feijão verde e steak tartare clássico, com fritas. O ideal é pedir várias coisinhas, para dividir. No andar de cima, a proposta é bem autoral.

– No Oseille vou servir menu degustação, uma continuação do meu trabalho no Olympe, com menus de cinco ou sete passos. São apenas 16 lugares – diz o chef.

Em tempo, já foi assunto nesta coluna, ano passado: restaurantes com poucos lugares, menos de 20, também é uma forte tendência em terras cariocas.
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