Ele nasceu em Lima. Estudou e trabalhou em Buenos Aires. Foi convidado a fazer um evento na embaixada de Brasília, onde conheceu uma sócia, que lhe propôs a abertura de um restaurante, o Taypá, inaugurado há 12 anos, no Lago Sul, que já ganhou algumas vezes o prêmio de melhor da capital.
No fim de fevereiro de 2012 o Lima Restobar abriu as portas, em Botafogo, no número 113, da Rua Visconde de Caravelas. Durante um período, se mudou para um imóvel vizinho.
Mas, na semana do carnaval, o restaurante voltou a seu endereço original, o primeiro do chef peruano no Rio. Hoje, além de restaurantes em Brasília e São Paulo, ele tem mais três unidades do Lima – Laranjeiras, Tijuca e Niterói – além do Chaco, uma parrilla argentina; o Kinjo, que apresenta a cozinha nikkei (nipo-peruana) e o Cantón, que é a fusão de China e Peru, com lojas em Copacabana e em Jacarepaguá. Este ano estão previstas mais duas inaugurações, pelo menos.
No novo Lima, o chef apresenta um novo conceito, incluindo a identidade visual, a decoração praiana, mais casual, no salão claro, onde predominam o branco e o azul.
Há várias opções de ceviche, e é possível provar uma degustação, com diferentes versões – a com tempero thai está excelente, e a clássica é fundamental pedir.
Quem gosta de pimenta deve pedir a da casa, forte e saborosa.
Para beber, há alguns brancos interessantes, mas quem fica no Pisco Sour e nos drinques com este destilado peruano de uvas tem uma experiência mais próxima da original.
O menu chega com novidades, como o imperdível sanduíche de manjubinha frita e o cone de massa filo com tartare de atum, e traz de volta receitas da época da inauguração, como o canelone de pato, em molho de
– Muito bom, ao completarmos 10 anos, voltarmos ao endereço de origem. Estamos remodelando o menu e o conceito, puxando mais para o mar, para a cevicheria. Temos um braseiro na cozinha, onde finalizamos os pescados, que ganham sabor especial – conta o chef, que entre outras novidades se destacam o arroz de frutos do mar, com lula, polvo, peixe e camarão, todos passando pela churrasqueira; e a “carbonara de lula”, com o molusco fazem o papel de massa, cortada em tiras como se fosse talharim, com molho caprichado na pimenta ají amarillo.
O Lima Cocina Peruana – agora chamado assim – abriu as portas, sem muito alarde, uma semana antes do carnaval. Mas, o silêncio não foi o bastante: logo nos primeiros dias a casa passou a ficar cheia, sobretudo nos jantares, com os dois andares ocupados.
A vizinhança andava com saudades do Lima.