EDITORIAL: UMA EDIÇÃO DE BOAS-VINDAS

A fachada do prédio da Academia Brasileira de Letras

Ricardo Bruno – Chefe de Redação

Ao longo de 40 edições, hoje completadas, a revista Rio Já acompanhou, relatou e celebrou a renovaçao da cidade que escolheu representar. Apesar das mazelas que não se pode nem se deve esconder, vimos o Rio de Janeiro – capital e estado – mudar para melhor, tornar-se mais e mais cosmopolita e amigável para seus habitantes que, anda assim, lutam bravamente contra problemas crônicos.

A Rio Já exibiu por 40 meses, em toda a sua franqueza, o amor que sente pelo Rio. E está convicta de que terá longa vida pela frente para continuar fazendo este trabalho.

Para cumprir sua missão, cercou-se de gente competente, experiente, de sólida formação jornalística. Reuniu uma equipe de profissionais que construiram suas carreiras nas melhores redações dos maiores jornais e emissoras do país – exercendo cargos de liderança e comando.

Este timaço acaba de ganhar uma nova parceira, que qualifica ainda mais o nosso grupo e aumenta nossas expectativas: Lucila Soares é autora da reportagem que abre esta edição e que não deixa de ser um gesto de boas-vindas à nova e modernizada ABL – hoje uma academia brasileira de todas as letras e músicas e línguas nativas e ancestrais.

Lucila Soares é jornalista com 40 anos de carreira. Formou-se na Faculdade de Comunicação Helio Alonso e foi repórter, chefe de reportagem e editora em O Globo, Jornal do Brasil e Veja, escrevendo principalmente sobre economia. No jornalismo corporativo, chefiou a assessoria de Comunicação da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. É autora de “Rua do Ouvidor 110, uma história da Livraria José Olympio”. Como os colegas que a recebem com as devidas mesuras, é apaixonada pelo Rio.

Esta edição também dá boas-vindas à retomada do sucesso da tradicional confeitaria Manon, que quase fechou as portas sob a pandemia, mas hoje voltou à moda depois de aparecer em cenas do longa brasileiro “Ainda Estou Aqui”, ganhador do Oscar. Quem conta esta ótima história é Jan Theophilo.

Marcelo Macedo Soares apresenta aos leitores um paraíso escondido na Região  dos Lagos, apelidado de Fazenda Roberto Marinho e que, com águas cristalinas de tons esverdeados, deslumbra os que se aventuram ao esforço de visitá-lo.

Na esteira do debate provocado pela série “Adolescência”, de estrondoso sucesso na Netflix, Luisa Prochnik  põe em evidência as preocupações que levaram profissionais e pais a criar um grupo que ajuda as pessoas a controlar sua dependência do celular e das redes sociais, e a reaprender a viver o real, sem necessariamente romper com a utilidade óbvia da tecnologia.

Bruno Agostini mostra que a merecidamente badalada comida peruana vai muito além do ceviche, e visita os melhores exemplos desta vertente gastronômica do Rio.

Caroline Rocha descobre, nas estatísticas da maior imbiliária on-line do Brasil, que o Rio de Janeiro também cresce em direção à Tijuca, bairro que seus moradores costumam defender de maneira taxativa, e que passou a ser o mais procurado da cidade por inquilinos e candidatos a compradores.

E como a festa não tem hora para acabar – já diz o clichê – Aydano Andre Motta faz um balanço do Carnaval, no qual aponta o que melhorou no desfile modificado para três dias e o que ainda precisa ser feito para torná-lo perfeito nas próximas edições.

No contexto desta avaliação, o leitor é presenteado com um texto comovente de Caroline Rocha, que conta como foi a infância com seu avô, Laíla, mestre dos carnavais, cuja homenagem prestada pela escola de Nilópolis valeu um título esperado há seis anos pela Beija Flor. A neta não deixa por menos: “Meu avô era justo, bondoso e forte, como bom filho de Xangô”.

Boa leitura, e “venha saudar o rei” (Kaô Kabecilê)!