EDITORIAL: O RIO SE REINVENTA

A reforma do antigo cinema custou R$ 65 milhões

Ricardo Bruno – Chefe de Redação

O Rio sempre é melhor quando a iniciativa privada e o poder público caminham na mesma direção. A interação de propósitos entre as esferas de poder permite avanços palpáveis à rotina do carioca; empresta concretude a ideias e sonhos transformadores. Não há que se ter preconceito nesta aliança. Se formulada com transparência, resulta num saudável ganha-ganha em favor da sociedade. 

A inauguração do Roxy Dinner Show é exemplo desta bem-vinda conciliação de propósitos. Com o entusiasmo e o apoio facilitador da administração municipal, os empresários Alexandre Acyoli e Dody Sirena investiram R$ 65 milhões de reais na transformação do local onde funcionou o mais tradicional cinema carioca numa luxuosa e deslumbrante casa de espetáculos, onde turistas e cariocas terão a possibilidade de assistir a um show-síntese da cultura popular brasileira. Falamos de uma versão moderna e abrasileirada do Moulin Rouge parisiense.

A iniciativa resgatou um espaço que se deteriorava havia alguns anos, vítima da revolução tecnológica dos streamings, que fez fenecer a maioria das salas de cinema. O investimento preservou o compromisso do espaço com a produção cultural do país. A salvo, portanto, de uma eventual transformação em templo evangélico como outros tantos país afora. Nada contra as denominações religiosas, mas o Roxy, por sua importância, beleza e simbologia, não merecia esse destino.

Bruno Agostini foi ao novo Roxy na semana da inauguração, experimentou tudo a que o frequentador tem direito – drinques, jantar e shows – para concluir, com entusiasmo: o lugar é um espetáculo – na decoração, na qualidade da comida, nas apresentações musicais e na decoração luxuosa. (Para ler, clique aqui).

A inauguração ocorre alguns dias depois da acachapante vitória de Eduardo Paes no primeiro turno. A consagração do prefeito nas urnas representa também a aprovação deste modelo de gestão, em que se empresta protagonismo a parcerias entre o poder público e a iniciativa privada – com objetivos que se complementam. 

Nos próximos dias, por exemplo, será inaugurado o Cine Carioca José Wilker, no belíssimo edifício das Casas Casadas, em Laranjeiras. Por inciativa da prefeitura, outras salas foram inauguradas em comunidades como Nova Brasília, Penha, Braz de Pina e Guadalupe. É o poder público ocupando um espaço, de importância para a difusão de produções culturais, abandonado pela iniciativa privada por antieconômico. (Para ler, clique aqui).

Aydano André Motta conta um pouco da vida do cineasta Estevão Ciavatta, que se reinventa depois de um grave acidente, produz um filme com diretores indígenas e arrisca-se a compor um samba-enredo para o próximo Carnaval. (Para ler, clique aqui).

Sempre dedicada a identificar mudanças relevantes no estado que adotou como tema permanente, a Rio Já foi buscar em Saquarema, a querida Saquá, uma história que nem todos conhecem. Marcelo Macedo Soares produz reportagem especial sobre aquela que pode ser a única escola de surfe pública e gratuita do mundo. (Para ler, clique aqui).

Boa leitura!