Bruno Agostini
O chef Pedro de Artagão, do Grupo Irajá, foi pioneiro. No auge da pandemia, em 2020, ele inaugurou o Boteco e Galeto Rainha, no Leblon, apostando na tradição dos bares do Rio, servindo petiscos, pratos tradicionais e chope gelado, com colarinho na medida. Criou uma tendência: boteco de chef.
Atrás dele, vieram outros, com essa proposta, quando o chef Bruno Katz, do Nosso Ipanema, abriu as portas do Chanchada, em Botafogo, no início de 2022. Logo virou lugar de destaque na cena efervescente da gastronomia do bairro.
No ano passado, o chef Rafa Gomes, do Itacoa e do Tiara, abriu o Tin Tin, na mesma rua Dias Ferreira, no Leblon, onde nasceu o Rainha, poucas quadras adiante. Logo defronte, o Escaminha tem essa mesma pegada, porém com foco em peixes e frutos do mar.
Recentemente foi a vez do Magnólia, do Grupo Gitan, que tem o chef Rodrigo Guimarães (Ex-Oro) à frente de todas as operações, em Ipanema. É mais uma investida do empresário Leo Resende, que, por sua vez, foi o criador do Informal, que nos anos 2000 criou a filosofia do boteco “pé-limpo”, assim batizado por ser uma nova roupagem para um estilo típico de bares do Rio, mas um pouco mais arrumadinho. É como uma volta às origens.
O próximo a confirmar essa tendência é o chef Elia Schramm, da Babbo Osteria e do asiático Si-Chou, que criou o Jurubeba, um boteco com esse espírito, que vai abrir as portas em breve, na Rua Real Grandeza, em Botafogo.
Virão outros, podem apostar.