Bar, boteco, birosca, bodega, botequim… A letra “b” é a mais boêmia do alfabeto. E um trio da pesada de novos bares representa bem essa característica: São o Baixela, em Copacabana, a Birosca, no Alto Glória, e o Botica, em Botafogo.
No final de novembro o Bar Botica e o Baixela completaram um ano de bons serviços prestados à gastronomia carioca. Em comum, além de nomes iniciados com o ‘b” as duas casas ganharam prêmios relevantes recentemente, e são famosas pelos seus balcões refrigerados repletos de acepipes da mais fina linhagem botequeira. O primeiro, comandado pelo chef Cezar Cavaliere, serve um salpicão de língua digno de nota e de todos os louvores. É sensacional. Mas, como o menu muda bastante, pode ser que alguns dias não tenha.
Desta vistosa vitrine refrigerada saem porções de polvo com grão-de-bico e peperonata; batatinhas calabresa; e ovos coloridos, um clássico dos botequins de antigamente, revisitado com ovo caipira colorido com beterraba, servido com aioli e alici. Merecem destaque também o rosbife com salsa verde e avelãs e a salada de batata com polvo.
Da cozinha quente, alguns petiscos já conquistaram lugar cativo no cardápio: o croquete de três carnes (acém e língua bovinos e copa lombo suíno), o pão de alho e o coração com aioli e farofa. Para adoçar, tem bolo de coco com mousse de pipoca e creme inglês e torta de chocolate com creme de café.
Já no Baixela a estrela da companhia é o pau carnudo, um espetinho com uma espécie de bolo de carne, que é pedido por 11 de cada dez frequentadores do boteco. ali, outra especialidade são os PFs, com receitas que mudam semana a semana. A vaca atolada merecia ficar para sempre no menu, assim como a língua com batatas e a dobradinha com feijão branco. Comida de primeira linha, e bebidas também: os sócios são o chef João Holanda e do bartender Rodrigo Tavares. Tá tudo explicado.
Completa a lista o Birosca, o mais velho dos três, nascido em 2021. O espaço é muito peculiar, o que melhora a experiência: são praticamente ruínas, mas como todo o charme e elegância. Para comer, a chef Bruna Lino faz delícias, como o croquete de moela; a escabeche de língua com tártaro da casa e rúcula; o risoto de linguiça ao vinho tinto; o curry de frango; e a pancetta de porco curada por 72 horas.
É, quem diria: tem chef servindo vistosas baixelas nos botecos, biroscas e boticas da cidade.