VISTO ASSIM DO ALTO, MAIS PARECE UM CÉU NO CHÃO

O verso genial foi criado por Paulinho da Viola para a Mangueira. Mas como Paulinho é universal e a Mangueira é uma tradução do Rio, a poesia se aplica à perfeição ao trabalho impressionante do designer e fotógrafo Gustavo Moore, que com a ajuda de um drone exibe neste post uma visão da cidade que ninguém teve o privilégio de usufruir.

Uma cidade admirada por seus moradores e visitantes, mas que pode causar estranhamento no melhor dos sentidos – porque significa, neste caso, arrebatamento e encanto por um Rio que nunca vimos, um Rio que conhecemos, mas que só percebemos assim graças a este ensaio fotográfico insólito e criativo. Embora seja designer por formação, Gustavo Moore adotou a fotografia.

A profissão original o fez passar pelas maiores redações de jornais da cidade e ganhar prêmios importantes na área da infografia. Esteve na Espanha por uma longa temporada e, quando voltou ao Brasil, investiu na compra de um drone e fez sua carreira voar.

– Inicialmente, era um hobby, mas também estava mirando no mercado crescente de imagens aéreas. Com ele viria a, além de captar imagens em ângulos inusitados e pouco conhecidos, ter uma visão mais geral do ambiente. Dessa maneira, o Rio de Janeiro e as cidades ao seu redor viraram o cenário ideal, onde temos tanto prédios e monumentos históricos, quanto natureza exuberante e uma cidade movimentada. E, assim, Gustavo honra o talento de Paulinho da Viola em mais um trecho da música que tem tudo a ver com o trabalho dele:

“Que a vida não é só isso que se vê/É um pouco mais/Que os olhos não conseguem perceber”

Deleite-se com este passeio, prezado leitor:

O sol se esparrama na Baia de Guanabara
Igrejinha no alto da Ilha de Boa Viagem

Abaixo,  detalhe dos tetos da Catedral Metropolitana e do MAC, em Niterói, ao amplo olhar sobre a Lapa, o Maracanã, avenida Presidente Vargas e a Praça XV, mundinhos e mundões dividem a cena e fazem parte do repertório visual  do artista:

O detalhe da cruz no teto da catedral do Rio
Museu de Arte Contemporânea em Niterói
Um ângulo inusitado da velha Lapa
O estádio Jornalista Mário Filho, mais conhecido como Maracanã
Avenida Presidente Vargas, com a Candelária no alto
O prédio do Instituto Cândido Mendes rouba a cena na região da Praça XV

E finalizando o ensaio um pequeno tesouro conhecido por poucos cariocas, principalmente aqueles que frequentam a Cidade Universitária: a igreja do Fundão: