A Baixada Fluminense é o centro geográfico de um mapa que tem, a pequenas distâncias, uma saída para o Norte do país, via BR-101, o acesso rápido à Via Dutra, que leva ao Sul do Brasil, e a poucos quilômetros o segundo maior aeroporto internacional brasileiro, o Tom Jobim. Não há lugar melhor para a instalação de um polo logístico que, em tempos de comércio via internet, acentuado e incorporado como hábito pelo isolamento imposto pela pandemia, fica estrategicamente situado no caminho da maioria dos clientes brasileiros e no exterior. O governo do Estado e os prefeitos da Baixada perceberam esta vantagem competitiva. Já atraíram para a região grandes hubs de distribuição de mercadorias, como o Magazine Luiza e, em fase de negociação, a Amazon. Outras grandes distribuidoras devem vir, em breve.
A localização é perfeita e não exige mais do que as obras relativamente simples de infraestrutura e acesso e, indispensável, a preservação da relevância do aeroporto internacional, que não pode ser esvaziado por causa da privatização do Santos Dumont. “Estamos trabalhando para transformar o estado do Rio de Janeiro no principal hub logístico do Brasil e da América Latina”, anuncia o governador Claudio Castro. Segundo maior mercado consumidor do país, o Estado do Rio de Janeiro possui localização estratégica privilegiada no Brasil. “O Rio, por se encontrar no Sudeste, região que concentra mais da metade do PIB do país, em um raio de 500 Km, dispõe ao seu alcance de todo o mercado consumidor brasileiro”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico, Vinicius Farah.
“Além disso, o estado conta com uma infraestrutura logística diversificada, incluindo uma grande malha rodoviária, 8 aeroportos e 7 portos, o que contribui para o incremento das exportações e importações. Uma infraestrutura que irá melhorar e crescer muito nos próximos anos com os investimentos do PactoRJ – que viabilizará melhorias nas estradas estaduais – e da iniciativa privada”, detalha. Para o secretário, foram essas facilidades logísticas e a melhoria nos números da segurança no estado – o roubo de cargas tem diminuído por meses consecutivos no Rio – que atraíram o Magazine Luiza e a Amazon.
‘O Rio de Janeiro é o símbolo do Brasil e, por isso, estamos muito otimistas com a chegada ao estado”, afirmou o CEO da empresa, Frederico Trajano. “Neste primeiro momento, vamos inaugurar 50 lojas. Nossa meta é em cerca de três anos aumentar para 150 estabelecimentos no Rio de Janeiro. Creio que outras empresas possam acompanhar nosso movimento de expandir os negócios para o estado”, destacou. Além das lojas físicas, o Magazine Luiza vai ampliar sua operação logística, com a expansão de seu centro de distribuição em Xerém, Duque de Caxias, que será ampliado dos atuais 30 mil metros quadrados para 80 mil metros quadrados até o final de 2021.
Em setembro, durante reunião virtual com o governador Claudio Castro, a Amazon anunciou a instalação de um centro de distribuição de 30 mil metros quadrados no município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Durante a reunião, o presidente da Amazon no Brasil, Daniel Mazini, destacou que o novo centro de distribuição, que faz parte do plano de expansão da empresa no Brasil, tem como objetivo aproximar os produtos comercializados pela Amazon de seu destino, facilitando a logística e aumentando a satisfação do consumidor. “Essa expansão reforça bastante o compromisso da Amazon com o Brasil, com os brasileiros e agora com o Rio de Janeiro. Esse centro vai permitir entregas bem mais rápidas no estado. Nos últimos dois anos, a Amazon gerou mais de nove mil empregos, diretos e indiretos, em seus outros nove centros de distribuição pelo país. Agora será a vez do Rio de Janeiro”, afirmou Mazini.