O ano passado foi o Carnaval do recomeço. Esse ano, vai ser o Carnaval da afirmação. O maior espetáculo da Terra voltou para ficar. Ele mexe não só com nossos corações, mas com a economia da cidade. Para muitas famílias, é a principal fonte de renda. Além de tudo isso, é lindo de se ver. A energia que o Carnaval emana é incomparável.
Sempre olhamos o Carnaval como uma festa, uma celebração, um momento de diversão. Mas ainda há pouca reflexão sobre o que significa o Carnaval de fato. Este ano, fizemos um levantamento inédito. O Carnaval de Dados reforça a importância econômica da festa, que em 2020 movimentou R$ 4 bilhões na economia da capital, o dobro do valor registrado dez anos antes.
Para produzirmos esse relatório, parceria da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS) com a Fundação João Goulart, fizemos um trabalho prévio para entender o Carnaval contextualmente a partir de dados. A dinâmica do Carnaval é para a toda a cidade do Rio de Janeiro. Alavanca empregos, desenvolve o empreendedorismo e gera renda.
No estudo foi comprovado que a receita com ISS de serviços relacionados ao turismo é maior nos dias de folia do que em qualquer outra época do ano, chegando a R$ 25 milhões em fevereiro. A média mensal é de R$ 21 milhões. Números que impressionam.
O Carnaval também ajuda no desenvolvimento econômico. São 45 mil trabalhadores no “evento Carnaval”, considerando desfiles de escolas de samba e blocos de rua. Há 20 mil trabalhadores no Sambódromo, entre imprensa, prestadores de serviços e servidores públicos. São 18 mil servidores municipais, sendo 7,7 mil profissionais da Comlurb. Também temos 10 mil ambulantes licenciados pela prefeitura para trabalhar nos blocos de rua. Tudo isso prova que o Carnaval também é fonte de trabalho e renda para milhares de cariocas.
Em fevereiro de 2022, mês do Carnaval, os mais de 500 blocos não saíram pela cidade e não tivemos os desfiles, mas houve diversos eventos e festas na cidade, inclusive com minidesfiles das escolas de samba do Grupo Especial na Cidade do Samba e diversas festas dos blocos, que geraram ótimo desempenho para o setor turístico. Já em abril, quando aconteceram os desfiles oficiais na Marquês de Sapucaí, o setor de serviços, principalmente hotéis, bares e restaurantes, teve saldo bastante positivo e contribuiu para a recuperação da economia no pós-pandemia.
Com esses dados, conseguimos comprovar a importância da festa para o Rio de Janeiro e para o povo que vive aqui. No que depender da prefeitura, vamos sempre trabalhar e defender essa grande celebração tanto pelo aspecto econômico e quanto pelo cultural. Em 2023, ele estará de volta. E, mais uma vez, não tenho dúvidas: será mais um grande espetáculo de luzes, energia do samba e resistência do nosso povo.
