Caroline Rocha
’O retorno de Bruninho” foi anunciado por outdoors e faixas espalhadas por diversas cidades do Brasil no último mês. Depois do sucesso do show do astro pop no The Town em 2023, Bruno Mars volta ao país para uma turnê com 14 apresentações em outubro e novembro. Passará por São Paulo, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e, claro, Rio de Janeiro – onde fará três shows no Estádio Nilton Santos, em Engenho de Dentro, Zona Norte da capital.
Mesmo quem não o conhece pelo nome, já ouviu suas músicas, que tocam no “repeat” em festas, nos rádios e na televisão. Bruno Mars já vendeu mais de 200 milhões de singles em todo o mundo, o que o torna um dos artistas mais ouvidos de todos os tempos. Não à toa, a pré-venda de ingressos para seus shows foi uma corrida contra o relógio. “Com 20 minutos, os ingressos já estavam esgotados e eu ainda estava aguardando minha vez na fila”, lembra a estudante Camilly Moura, de 21 anos, fã do cantor norte-americano desde a infância.
“Eu fiquei muito feliz (quando o show foi anunciado), porque da última vez que ele veio ao Rio eu era muito nova e não pude assistir. Quando surgiu essa oportunidade, eu fiquei muito animada e ansiosa”, contou Camilly.
Ele não vem mais?
Mas os primeiros capítulos dessa história na Cidade Maravilhosa foram, no mínimo, agitados. Após milhares de ingressos serem vendidos, o show, que aconteceria inicialmente apenas em 4 de outubro, foi suspenso por decisão do prefeito.
“Vocês vão me desculpar pela expressão, mas aqui não é casa da Mãe Joana, não é terra de ninguém, o Rio tem ordem e tem governo”, afirmou Eduardo Paes em vídeo publicado nas redes sociais. O imbróglio começou devido à venda irregular realizada pela produtora Live Nation Brasil, que, segundo Paes, ignorou o veto ao evento na véspera das eleições municipais.
xplicou que, apesar de a cidade “ter todo o prazer e potencial para receber grandes eventos”, a Prefeitura estará com seu contingente de segurança comprometido no dia 4. O motivo seria a mobilização dos servidores para as eleições no dia seguinte, o que tornaria inviável a realização de um show deste porte.
nte tem uma prioridade e essa prioridade é assegurar que a população do Rio de Janeiro tenha toda a segurança para exercer o seu direito democrático do voto, mas pelo visto esses produtores se acharam mais importantes que o povo do Rio ou não entenderam […] e decidiram bater de frente com o poder público, achando que a gente ia abaixar a cabeça e acatar uma decisão arbitrária e abusiva de ir contra uma determinação oficial”, declarou o prefeito. Em nota, a Live Nation Brasil informou que houve um “mal-entendido”.
Após falar com representantes da produtora, o tom da conversa abrandou e Paes tranqulizou os fãs, ao garantir: “Habemus Bruno Mars!”. Dito e feito. O show na véspera da eleição foi alterado para o dia 19 e ainda foram adicionadas outras duas novas datas, 16 e 20 de outubro. Ao todo, foram oferecidos 207 mil ingressos entre R$ 275 e R$ 1.250 para assistir ao artista 14 vezes vencedor do Grammy.
“Fiquei indignada quando vi [sobre o veto] de primeira, mas depois compreendi o motivo”, afirmou Camilly, que está contando as horas para a apresentação do ídolo. “Eu estou muito ansiosa! Mal posso esperar para ouvir minha música favorita ao vivo e sentir a emoção de viver esse momento junto com minhas amigas.”
Quem adquiriu os ingressos para a data vetada, pode ficar tranquilo, porque eles permanecem válidos para o dia 19. Aqueles que não conseguirem comparecer na nova data poderão optar pelo reembolso, seguindo as orientações da plataforma de vendas Ticketmaster Brasil.
