O Rio estava há 22 anos sem uma exposição individual de Franz Weismann (1911-2005), artista austríaco que adotou o Brasil, um dos principais nomes do movimento neoconcreto brasileiro. Ele tinha especial relação com o Rio. Fez questão de ter obras espalhadas pela cidade, em ambientes públicos, como o Espaço Circular em Cubo Virtual no MAM; a Lâmina Larga em Torção no Espaço, no Edifício IBM; e as peças Terra e Encontro, no no Conjunto Universitário Cândido Mendes. Tem obra até em estrada: é a Seta, no Edifício Rio Diesel – da Mercedes-Benz, em Nova Iguaçu (já reparou?).
A exposição intitulada “Franz Weissmann: Ritmo e Movimento”, muito aguardada, chega ao fim no próximo domingo, e essa semana é a última oportunidade de apreciar esta mostra, que oferece ao público carioca a oportunidade de contemplar 20 obras que ilustram diversos aspectos da trajetória desse multifacetado artista, que atuou como escultor, desenhista, pintor, professor e como escultor fundamentou as bases de um pensamento escultórico brasileiro.
Com o patrocínio da Petrobras e curadoria de Marcus de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto, a mostra explora as íntimas relações entre as obras de Weissmann e a paisagem, ocupando o histórico prédio da Casa França-Brasil através de diálogos de formas e cores no espaço.
Além disso, os visitantes terão a chance de apreciar a diversidade dos procedimentos e manipulações presentes no processo criativo de Weissmann, como as cisões, as dobras, as aglutinações e até mesmo o simples ato de amassar, incorporado pelo artista em obras dos anos 1970.
A proposta da exposição é apresentar este importante nome da escultura brasileira para as novas gerações e também oferecer uma importante oportunidade de mergulhar em seu universo criativo e explorar a riqueza de sua expressão artística.