Ricardo Bruno
A população do estado do Rio de Janeiro começa a colher sinais da presença do governo central em decisões que afetam a sua vida. Nos últimos dias, notícias do Planalto, anunciadas pelo presidente Lula e sua equipe, trouxeram uma lufada de esperança sobre temas vitais para sociedade fluminense, que até aqui haviam sido procrastinados pela inaptidão administrativa do governo anterior.
A deliberação de maior alcance trata da limitação dos voos no Santos Dumont de modo a reequilibrar o tráfego aéreo no Galeão. O prefeito Eduardo Paes, num tête-a-tête com Lula, foi incisivo na reivindicação e o presidente, de pronto, o atendeu numa demonstração pública de sua vontade política de solucionar um dos mais graves problemas da infraestrutura aeroportuária brasileira, com consequências nefastas na economia fluminense. O assunto se arrastava desde o governo anterior numa trágica sequência de vacilações administrativas.
O paradoxo Galeão x Santos Dumont é dos poucos temas consensuais na classe política fluminense. Não há divergências: todas as lideranças se juntam aos esforços do governador Cláudio Castro e do prefeito Eduardo Paes em busca de uma saída, que, agora, parece muito próxima: a partir de outubro, o aeroporto do Centro da cidade concentrará a operação nas linhas para São Paulo e Brasília. Os demais destinos voltam a ter origem no Galeão.
Também recentemente, o ministro Márcio França anunciou a redução em até 95% das tarifas no porto do Rio de Janeiro. Além de reduzir os custos de produção, a medida vai incrementar enormemente as transações de carga no terminal, com desdobramentos imediatos na cadeia produtiva instalada no estado.
Não ficou nisso: o ministro Flávio Dino lançou no Palácio Guanabara, juntamente com Cláudio Castro, o mais ousado programa de parcerias do governo federal com o estado do Rio para o combate à violência, com distribuição de veículos, drones e armamentos, troca de informações na área de inteligência e construção de dois presídios.
Em síntese, o Rio volta a ser tratado à altura de sua expressão econômica, de modo digno e condizente com seu status político. As iniciativas do governo do presidente Lula começam a resgatar a autoestima dos cariocas e projetam esperanças de dias melhores.
A ‘Rio Já’ se associa às lideranças políticas do estado neste esforço coletivo para recuperação de nossa economia e da qualidade de vida de nossa gente.
Gente trabalhadora, que madruga, trabalha e produz como os pescadores da Colônia Z 13, de Copacabana. No próximo dia 29, a mais antiga colônia da Zona Sul completa 100 anos.
O repórter Jan Theophilo acompanhou a rotina extenuante e os perigos que cercam a atividade dos aproximadamente 40 moradores das comunidades do Pavão, Cantagalo, Vidigal e Rocinha, que todos os dias, às 4 da manhã, lançam-se mar a dentro, em pequenas embarcações, à cata de linguados, corvinas e anchovas.
Deste enclave de práticas pesqueiras rudimentares encravado na cosmopolita Copacabana, atravessamos a Baía de Guanabara para visitar as obras do Mercado Municipal de Niterói, que será inaugurado nos próximos meses. Inspirado no homólogo Mercado da Ribeira, de Lisboa, o espaço, na região portuária niteroiense, foi criado por Getúlio Vargas em 1938, para a comercialização da produção agrícola da velha província fluminense.
Com investimentos de R$ 69 milhões, através de uma Parceria Público Privada, o mercado de Niterói promete se transformar num badalado point de gastronomia e lazer. Serão 172 stands e 80 restaurantes.
Ainda nesta edição, Bruno Agostini nos apresenta a nova safra de galeterias que toma conta do Rio, com destaque para o emblemático Galeto Sat’s, que chegou à Barra da Tijuca. Na gastronomia especializada, há novidades: foi inaugurada no Leblon, uma sanduicheria exclusivamente de galetos. Um sucesso a provar a predileção dos cariocas pelos galináceos, de carne tenra, pele crocante e lentamente dourados à brasa.
Agostini nos revela também uma nova tendência da gastronomia refinada: restaurantes exclusivos, para no máximo 12 pessoas. São espaços de sofisticação culinária e atendimento primoroso.
E Aydano Motta antecipa os enredos das escolas de samba do grupo especial para o carnaval de 2024.
Boa leitura!