AS BOAS DO FINDE (2 E 3/7)

O fim de semana chega ao Rio com opções das mais diversas: shows, exposições e festas julinas para todos os gostos e bolsos. Logo de cara, a Carioquíssima, tradicional feira criativa que há anos encanta a Zona Sul chega à Barra da Tijuca pela primeira vez em versão “arraiá” nos dias 02 e 03 de julho. O evento “Carioquíssima na Roça” será realizado no estacionamento do Espaço RJZ Cyrela, com entrada gratuita.

Durante os dois dias, o público poderá desfrutar de comidas típicas e atrações para adultos e crianças. Vai ter boca do palhaço, pescaria, argolas e outras atividades divertidas, além do “uatizap do amô”, uma versão mais moderna da brincadeira mais famosa da festa típica. As bandas de forró Regional Pitaya (no sábado) e Conterrâneos (no domingo) completam a programação, com shows a partir das 19h.

“Já tínhamos recebido a Carioquíssima na zona sul e era um sonho antigo também trazer mais para perto do nosso público na Barra. Encontramos o momento perfeito agora nas festas julinas, principalmente depois de dois anos sem grandes comemorações. É a primeira vez que a Carioquíssima na Roça acontece no bairro e estamos muito felizes com isso”, diz o Diretor de Incorporação da RJZ Cyrela, Carlos Bandeira de Mello, patrocinadora do evento. O Carioquíssima na Roça. O Espaço RJZ Cyrela fica localizado na Av. Rosauro Estellita, 35, próximo ao Hospital Rio Mar. O evento é gratuito e aberto ao público, das 14h às 22h.

Para quem preferir um programa mais cabeça, o CCBB (Rua Primeiro de Março, 66) acaba de abrir a exposição Portinari raros, que ficará em exibição até o dia 12 de setembro. O público vai se encantar com 50 trabalhos do artista, incluindo itens nunca expostos. Entre os destaques estão a única cerâmica produzida por ele ao longo da vida e os estudos para dois cenários do “Balé Iara”, da companhia Original Ballet Russe. Em relação às telas, vale mencionar as pinturas a óleo “Meninos com Balões” (1951) e “Jangada e Carcaça” (1940). A mostra ocupa o primeiro andar do centro cultural e é dividida em seis núcleos, oferecendo um amplo panorama das múltiplas facetas desse artista inventivo. São eles “Paisagens acidentais”, “Desenhos”, “Infância”, “Carajá”, “Balé” e “Flora”.

Já o Instituto Moreira Salles (R. Marquês de São Vicente, 476 – Gávea) celebra a obra e o legado da escritora Clarice Lispector com a exposição Constelação Clarice. Uma investigação da poética da autora, com curadoria de Eucanaã Ferraz e Veronica Stigger. A mostra reúne aproximadamente 300 itens, incluindo manuscritos, fotografias, cartas, discos, matérias de imprensa e outros documentos. Nome fundamental da literatura brasileira, Clarice também nutria grande interesse pelas artes visuais. Quais conexões seriam possíveis de se estabelecer entre a produção textual de Clarice e as obras de mulheres que, no mesmo período, marcaram a história da arte brasileira? Para criar essas interlocuções foi adotado o conceito de constelação. Onze núcleos apresentam obras em diversos suportes, criadas por 26 artistas visuais atuantes entre as décadas de 1940 e 1970. Uma singular história da arte brasileira é assim conjugada no feminino, com obras que só o universo literário de Clarice permite reunir, propondo uma teia de relações capaz de gerar novas e surpreendentes leituras recíprocas.

Mas se a opção for um programa mais musical, o fim de semana tem de tudo.  Começando na sexta-feira com a sonzeira power metal do Angra, no Circo Voador. A lona voadora da Lapa receberá no dia seguinte, sábado (2/7), uma programação mais intimista, com a apresentação do show “Rizoma”, do mestre Lenine e seu filho Bruno Giorgi. E para quem quiser conhecer todo o potencial acústico e mal aproveitado da Cidade das Artes (antes da Música) a Orquestra Sinfônica Brasileira fará duas apresentações por lá: uma no sábado, as 19h, outra no domingo, as 11h. Os programas vão do popular ao clássico, passando pela música tradicional nordestina, o choro carioca e a música alemã, com composições de César Guerra-Peixe, Radamés Gnattali e Beethoven. A apresentação de domingo integra a série Concertos para a Juventude, com récitas de caráter didático e ingressos a preços populares. E como a gente não deixa o samba morrer, no sábado ainda tem o tradicional Samba dos Guimarães, no Mercado das Pulgas de Santa Teresa (Rua Almirante Alexandrino, 501).