Até o fechamento desta edição, o mais recente Boletim Epidemiológico da Covid-19, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), revelava queda sustentada dos casos confirmados na cidade, além da redução da taxa de positividade que, durante o período de pico, entre os dias 12 e 14 de janeiro, chegou a superar 40% e, no último dia 6 de fevereiro, caiu para 17,6%. Notícias animadoras, sim, mas não significam que já possamos relaxar. Por isso, nas nossas dicas para este fim de semana listamos alguns restaurantes bacanérrimos no Rio e que contam com um fator determinante em comum: áreas externas. Então aproveite e não esqueça: use máscara!
Uma pequena joia pouco conhecida dos cariocas fica acima do burburinho da cidade, acessada pelo Alto Leblon, num trecho que leva à entrada da Comunidade Chácara do Céu. Foi lá que Tobias Messa, jovem chef italiano, depois de passar por cozinhas de México, Peru e Inglaterra, resolveu fincar praça e abrir o seu Restaurante Flor do Céu (Rua Aperana, 200 – Praça da UPP – Alto Leblon/ Chácara do Céu. Tel: (21) 98867-9243). No lugar de um antigo bar com bela vista para o mar (foto acima), Tobias montou uma cozinha onde prepara menus degustação de cinco etapas. A casa só funciona com reserva antecipada, porque Tobias só trabalha com ingredientes que ele compra na feira no mesmo dia. O cardápio, portanto, é montado a partir do que o mestre-cuca encontra _ sendo que carnes não entram, somente peixes e frutos do mar.
Se subir o morro soa um tanto exótico, e a opção for mais tradicional, o Hipódromo da Gávea é a alternativa. A começar pelo Maguje (R. Jardim Botânico, 1003 – Jardim Botânico. Tel: (21) 99895-2032), que tem como grande atração suas aconchegantes varandas. Uma, chamada Varanda Jockey, com vista para a pista de corridas, e a Varanda Jardim Botânico, mais intimista e voltada para a rua Jardim Botânico. Entre os destaques do cardápio estão o atum em crosta picante e arroz oriental, o fettucine com camarões e cebola confit ou a já tradicional feijoada para uma ou duas pessoas, que é oferecida nos almoços de fim de semana. Vale pedir um dos drinks autorais da casa ou alguma das cervejas artesanais para acompanhar a refeição.
Também no Jockey, o Páreo (Rua Mario Ribeiro, 410, Lagoa. Tel: (21) 99843-8813) é uma opção mais família, daquelas que de tudo um muito para agradar todos os gostos: Steak Grill, Cozinha Brasileira, Japonesa e Pizzaria. O salão é arejado, mas o barato mesmo é a varanda debruçada sobre as pistas de corrida. A vista é deslumbrante. De lá, você pode curtir o pôr do sol de frente para o Maciço da Tijuca ou apenas apreciar a beleza da Pedra da Gávea. Uma modernosa churrasqueira parrilla de sete metros na área externa garante a qualidade de cortes nobres como T-Bone, Denver Steak e Shoulder. E o cardápio brasileiro assinado pelo chef Marcones Deus mistura insumos de diferentes regiões do país. Não deixe de pedir o camarão em crosta de tapioca ao vinagrete com arroz cremoso. Sem trocadilhos com o chef, é divino.
Uma relação robusta de restaurantes com espaços ao ar livre no Rio não poderia deixar de fora uma das mais tradicionais casas da cidade, o Aprazível (Rua Aprazível, 62, Santa Teresa. Tel: (21) 96741-3850), que conquista fãs há mais de 20 anos com sua saborosa gastronomia e ambiente maravilhoso. Localizado numa ruela em uma das partes mais altas do bairro, o Aprazível fica em meio a um jardim tropical, com mesas de madeira maciça dispostas em diferentes níveis, todas com exuberante vista para a Baía de Guanabara. O restaurante guarda ambientes como pátios com mesas a céu aberto, cercadas por árvores e cadeiras feitas de troncos; um belo gazebo; varanda; e até uma palafita, garantia de privacidade e total distanciamento social. No menu, a brasilidade da cozinha mineira misturada a de outras regiões do país traduzem o cardápio. Entre os destaques: palmito fresco assado (servido na telha de bambu com pesto de azeite, manjericão e castanha de caju); galinhada caipira (arroz de galinha caipira e linguiça artesanal feita na casa, acompanha couve refogada, feijão surpresa, banana da terra assada e geleia de pimenta dedo de moça); e o marreco Aprazível (peito grelhado ao molho de ameixa, passas e vinho tinto, arroz selvagem e purê de maçã).
Paladares mais sofisticados podem optar pelo Gero (Av. Vieira Souto, 80 – Rio de Janeiro/ Tel: (21) 3202-4000), cujo destaque é a área ao ar livre, uma linda varanda que foi construída na parte da frente do salão do antigo Fasano al Mare, ampliando a capacidade de lugares, sobretudo para quem prefere ter uma experiência gastronômica a céu aberto. O cardápio do Gero é eclético, com cozinha comandada pelo chef italiano Luigi Moressa, e é possível encontrar clássicos como o carpaccio alla Gero (de filet mignon, rúcula, parmesão e vinagre balsâmico), o ravioloni di mozzarella al pomodoro fresco (ravioloni com recheio de muçarela, molho de tomate fresco e manjericão), o ossobuco alla meneghina (ossobuco de vitela assado com risoto ao açafrão), entre outros.
Com atmosfera inspirada na Costa Almafitana, o Posì Mozza & Mare (Rua Aníbal de Mendonça, 158, Ipanema. Tel: (21) 3215-8668) é o restaurante de comida italiana para quem está em busca de qualidade, sofisticação e de um ambiente super aconchegante em Ipanema.Instalado num casarão na esquina das ruas Aníbal de Mendonça e Redentor, em Ipanema, o restaurante oferece clima descontraído e aconchegante, com uma charmosa área externa e receitas que combinam perfeitamente com o estilo de vida do Rio.Um dos pontos altos do menu é o Mozza Bar, primeiro da cidade com três opções de búfala: burrata, bufalina e stracciatella. Em seguida é só escolher coberturas que variam desde confit de frutas cítricas, flor de manjericão e supreme de laranja, e linguiça toscana moída com picles de funcho, até crudo de atum, gomos cítricos e azeite extravirgem. Para acompanhar uma focaccia de fermentação natural da casa, assada na hora. Na dúvida, peça o Mozza Imperiale, que é uma degustação de todas as mozzarelas e coberturas. O cardápio também tem como foco os peixes e frutos do mar, que podem aparecer em receitas para compartilhar – como o peixe inteiro do dia aberto e assado com azeite e limão com dois acompanhamentos à escolha -, ou em criativas pedidas individuais como o ‘Carbonara di polpo’ – spaghetti nero, polvo grelhado, pancetta, queijo grana padano e gema de ovo.
Agora, se a pedida for um japa, no Vogue Square, na Barra, o Ginger Sushi (Av. das Américas, 8585, Barra da Tijuca. Tel: (21) 2442-5235) ofereceum ambiente moderno, descontraído e, principalmente, arejado. O projeto oferece um ar contemporâneo dividido em um ambiente com plantas por toda a parte que dão um charme a mais ao local. O cardápio foi criado com toques muito contemporâneos e ao mesmo tempo tradicionais, mesclando cortes, molhos, técnicas e principalmente insumos de muita qualidade.De entrada, as apostas são as sugaki ginger – ostras ao molho ponzu e finalizadas com ovas massago; tuna takaki – tartar de atum temperado com spicy mayo, cebolinha, cebola roxa, avocado, crisp de alho poró e massago e a refrescante seaweed salad – saladinha de alga wakame temperada com molho especial de gergelim. Outra dica dos chefs são as duplas de niguiris especiais como hotategai (sushi de vieiras com flor de sal, limão siciliano e ikura); tuna foie gras (sushi de atum selado com lâmina de foie gras, flor de sal e teriyaki); tako tartufo (dupla de sushi de polvo com creme de trufa negra e massago e sushi omakase). um sushi especial de cada opção sendo boas pedidas. Peça um de cada e seja feliz.
Com o fim do Cedro do Líbano, o Amir (R. Ronald de Carvalho, 55 – Copacabana. Tel: (21) 2542-7039) fica tranquilo na dianteira do ranking dos melhores árabes do Rio. O menu tem kafta de carne de cordeiro, passando pelas saladas e tabule, até chegar nas opções vegetarianas, como os deliciosos falafels de grão-de-bico. O espaço foi adaptado para receber clientes de maneira segura, com mais mesas do lado de fora e álcool em gel na entrada. O reduto de comida libanesa, que começou como uma delicatessen, já foi campeão no COMER E BEBER da VEJA Rio, na categoria bom e barato e tem tudo para reconquistar o título com porções generosamente servidas.
E outra joia escondida na cidade é o Villa Rio (R. Corrêa Dutra, 43 – Flamengo. Tel: (21) 2226-4255), um casarão histórico que abriga um charmoso restaurante ao ar livre em estilo europeu e um lindo jardim. O edifício foi erguido na transição do século 19 para o 20, se alimentando de referências francesas, em alta na época da Belle Époque. Os detalhes Arte Nouveau dão ao espaço um charme e sofisticação extra. Vitrais, grades de ferro, lustres centenários, pé direito alto e adornos nas paredes revelam o bom gosto da época passada. O espaço permeado por áreas verdes e ambientes amplos, é convidativo, fazendo com que as refeições e os encontros se prolonguem por horas. As crianças desfrutam de uma área só delas, com livros, brinquedos e jogos. Da cozinha sai uma fusão de sabores. Entre os destaques do menu estão focaccias, massas, risotos, carnes e frutos do mar. Entre os carros-chefes estão a posta de salmão grelhado com legumes e molho de amêndoas (ou acompanhado de risoto de rúcula e tomate, e saladinha); e o filé mignon grelhado no sal grosso defumado, servido com batata rostie recheada de funghi e mussarela, na redução de vinho do porto e aromatizado com ervas. Restaurado do piso ao teto, o imóvel preserva também a memória de Dona Lili, a última herdeira da rainha Carlota Joaquina, que viveu no local até o fim de seus dias, aos 104 anos, completados em 2014. Ela se foi, mas seus objetos pessoais originais permanecem.
E finalmente, para quem aprecia um bom brunch, a dica é o Bistrô da Casa (Ladeira da Glória, 98 – Glória. Tel: (21) 96585-5546). Localizado na Casa da Glória, uma belíssima mansão do período colonial, digna de um conto de fadas moderno. Altamente instagramável, o restaurante conta com um lindo jardim, repleto de árvores centenárias e uma bela piscina, onde mesinhas ficam espalhadas para receber os clientes. No cardápio criado pelo chef, o que conhecemos como clássicos de bistrô chegam à mesa com uma nova apresentação. Por exemplo, o arroz de pato: ele é feito com arroz bomba (o que adiciona aquela “casquinha” típica que encontramos em paellas) -, o pato é uma coxa confit, acompanhada de croquete de linguiça sequinho e crocante. Já o polvo grelhado, servido com rigatoni e à moda putanesca, é finalizado no carvão e o chef ainda acrescenta linguiça espanhola. Garantia de comida saborosa e um ambiente acolhedor, belíssimo e pandemicamente correto.
