A pandemia ainda não acabou, a gripe está fazendo seus estragos, mas ao que tudo indica, depois de quase dois anos de confinamento, o setor hoteleiro do Rio ensaia uma retomada. Com 76% de toda a população com o esquema vacinal completo e taxas de ocupação hospitalar em queda acentuada, as autoridades avaliam o Rio como uma das opções mais seguras para os viajantes neste fim de ano, já que as diversas opções de lazer ao ar livre na cidade despontam como um atrativo especial para os turistas, pelo menor risco de contaminação.
A taxas de ocupação dos hotéis cariocas vem crescendo a cada mês. O 15 de novembro foi o melhor feriado prolongado de 2021 em termos de ocupação, com taxas de 95%. No feriado de N.S. Aparecida (12/10), a ocupação média foi de 86,7%, superando o dia da Independência (7/9), com 85,7%, e o Dia de Finados, que cravou 85,6%.
Segundo Alfredo Lopes, presidente do Hotéis Rio (Sindicato dos Meios de Hospedagem do Rio de Janeiro), e conselheiro da ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis) a expectativa é que a maioria dos hotéis tenha 100% de ocupação no Réveillon. No dia 22 de novembro, a 40 dias da virada, a primeira prévia da ocupação hoteleira indicava 78% de reservas confirmadas para o Ano Novo no Rio, contra 58% registrados no mesmo período do ano passado.
Também de acordo com recente entrevista do secretário Municipal de Turismo do Rio, Bruno Kazuhiro, para a Folha de S Paulo, a expectativa para este verão é igualar ou superar a arrecadação com o ISS (Imposto sobre Serviços) em relação aos anos anteriores à pandemia. No verão 2019/2010 a cidade arrecadou R$ 50 milhões nos serviços que envolvem o turismo.
Já o Aeroporto do Galeão prevê um movimento de 624 mil passageiros ao longo de todo o mês de dezembro, um aumento de 79% em relação ao mesmo período do ano anterior. O aeroporto espera receber 4.200 voos, sendo 540 internacionais e 3.660 domésticos, o que corresponde a uma retomada de 65% dos assentos que se tinha antes da pandemia no mercado nacional e de 27% no internacional.
